Sobre arquétipos e papéis
Uma das características das posições staff+, especialmente Principal e equivalentes, é a grande quantidade de autonomia que se espera do profissional. Ao mesmo tempo que é gratificante ter essa carga de confiança e responsabilidade é um desafio e tanto escolher onde investir seu tempo para causar mais impacto.
Um autor que trouxe luz à estes problemas foi o Will Larson, autor de um dos livros mais relevantes e que já foi citado em diversas entrevistas aqui do Mais que Senior: Staff Engineer: Leadership beyond the management track. Em dois posts, que também são conteúdo do livro, ele fala sobre a dificuldade em escolher em que trabalhar e sobre os arquétipos que podemos desempenhar no dia a dia:
Tech Lead
Architect
Solver
Right Hand
Recentemente encontrei outra referência sobre o assunto, um post no Linkedin escrito pelo Mai-Lan Tomsen Bukovec, Vice President of Technology na AWS, trabalhando com os times de Storage, Data Streaming, Messaging, e Amazon Q Developer. No post Principal Engineer Roles Framework ele define os seguintes papéis:
Sponsor
Guide
Catalyst
Tie Breaker
Catcher
Participant
No texto ele explica as diferenças entre cada papel, suas vantagens e desvantagens, além de trazer algumas dicas de como usar este “framework” no dia a dia, tanto na visão do Principal quanto da gestão.
Ambas as fontes deixam claro que estas listagens não são definitivas e que podem variar muito entre empresas e cenários. Por isso, mais importante do que adotar uma ou outra nomenclatura/definição é fazermos a reflexão sobre como estamos gerenciando nosso tempo e como estamos evoluindo e gerando impacto nas nossas tarefas.
Conhece outras definições? Na sua empresa vocês adotaram um destes frameworks ou desenvolveram seus próprios? Compartilhe nos comentários para complementarmos a discussão.
Na empresa onde eu atuo se utiliza a função "arquiteto de software" de modo geral, embora "staff+" pareça muito mais precisa considerando meu trabalho e dos meus colegas. Aqui a função arquiteto não é "apenas" equivalente ao arquétipo "Architect", mas também inclui pessoas dos outros arquétipos.
Inclusive, dentro do arquétipo "Architect", parece existir um mundo bem amplo por si só, no livro do Gregor Hohpe "The Software Architect Elevator", que trás algumas definições pra arquiteto, algumas especificas e outras também coincidem com a ideia de staff. No fim, a mensagem com o "elevator" é sobre conectar o que é feito na "sala de engenharia" com a parte estratégica da empresa, aumentado nosso impacto positivo e poder de decisão, o que, como dito, acaba sendo a parte mais importante dentro desse mar de definições.